Os meus dias...
Nesta azáfama constante da minha vida, muitas vezes parece que vagueio perdida numa espécie de sonambolismo... tantas canseiras, tantas preocupações, tanto trabalho, tantas pessoas à minha volta... Chamam o meu nome ... caminho sempre a direito nas ruas tortas, às vezes choco em paredes, tropeço na calçada, arrasto o meu corpo cansado... mas lá vou sempre colmatando dentro do possível, aqui e ali as necessidades... ( as minhas feridas a ninguém importam, porque só eu as vou lambendo... )
E neste contexto, por incrível que pareça, os meus dias são vazios... dias cansados... esgotados...
No fim, não sei mesmo onde estou ... estendo a mão, como que procurando um toque e uma voz dizendo : estás aqui ao pé de mim...
Mas não, o silêncio atroz mantém-se e com a mão estendida, acordo sempre para a minha realidade...
2 comentários:
entendo-te e às vezes invade-me uma tristeza grande; uma impotência devastadora por não poder dar-te TUDO, voltar a pôr cada pessoa e cada coisa nos seus sítios...
Oh minha filha!
A minha tristeza foi e é pura dualidade...sempre sofri pelo facto de toda a vida vos faltar o Pai, aquele grande suporte...sofri e sofro também por eu também ter sido privada do GRANDE AMOR da minha vida :( :( :(
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